O a pista de decolagem refletia o sol da manhã. Joe e Kevin, estavam próximos ao seu carro quando uma das balconistas, um pouco desesperada, chamava por eles:
- Signori, signori, attendere !!
-Desculpe, mas nós não fa...- tentou dizer Kevin mas a garota interrompeu
- Vocês são Kevin e Joe? - disse pausadamente, seu sotaque dificultava as coisas.
- Sim, somos nós. - os dois se entreolharam, tentando entender como ela sabia que estavam ali.
- Molto bene. Mì senhor pediu para que eu lhes desse isso- ela buscou alguma reação do rosto dos dois, mas quando não viu nada continuou - Ela espera por vocês. Li vedo dopo.Ciao.
Ela virou-se e se foi. Deixando com eles um pequeno cartão. Sem nome, sem telefone, somente um endereço "Sestiere Cannaregio, 576".
- Será que...devemos ir?
- Acho que sim. Afinal, temos que começar em algum lugar. E quem sabe... esse seja o lugar.
****
- Acredito que este é o lugar. - disse Joe, conferindo o endereço no cartão - numero 576... é , é aqui sim.
- Casa amarela, dois andares e com janelas verdes? - ele riu - Que fofo e amigável. - o tom de ironia de sua vos fez Joe rir, mas por pouco tempo.
Uma senhora baixinha, de cabelos prateados e óculos redondos com cordão de pedras vermelhas apareceu na porta. Parecia apenas uma velha secretaria, saindo pra tomar um café, ou algo assim. Seu vestido florido deixava aparecer suas sandalhas um tanto gastas. Quando eles acharam que ela sairia e iria em direção ao restaurante, ela os surpreendeu.
- Já não era sem tempo senhores. - Ela abriu a porta e apontou para dentro - O senhor Alguste esta esperando por vocês.
Kevin colou no ouvido e coxixou
- Velhinhos... só o que faltava. Eu falei que deveríamos ter almoçado antes.- levantou a cabeça e sorriu para a senhora, que não retribuiu o cinismo.
- Esperem na sala principal.
Apesar dos anos, a cidade não mudava muito. Os prédios e construções continuavam os mesmos mesmo depois de alguns séculos. As casa, apesar de parecer pequena, era muito grande. Decorada com muito bom gosto, em todos os lugares que os olhos alcançavam haviam objectos antigos e de requinte. A cor bege dominava o ambiente, que era iluminado por luzes fracas o que fazia a sal parecer ainda mais elegante. Das janelas, podia-se ver dentre as finas cortinas brancas,a praça e o movimento das árvores com o vento. O fraco aroma de molho e salsa vinha do lado de fora, deixando a casa com o ar leve de um sábado ensolarado.
- Vocês vieram rápido. - disse uma voz, aparentemente vindo da cozinha - Luci me contou sobe vocês, me disse que eram muito eficientes. Mas eu não esperava tanta eficiência..- disse rindo.
Dentre as cortinas, surgiu um homem. Aparentava 20 anos de idade, alto e muito forte. Vestia um terno caqui e sapatos sociais da mesma cor. Sua pele era branca, cabelos negros e olhos castanhos. Nas mãos trazia uma xícara de chá quente e o jornal do dia.
- Bene... - disse sentando - que educação a minha. Sou Pedro Alguste. Mas podem me chamar de Pedro. Já se foi o tempo em que cortesias eram necessárias.
- Bom, acho que já nos conhece. Kevin e Joe.
- Engraçado - levou a xícara à boca e tomou um gole - parece nome de banda. Mas vamos ao que interessa. Quantos já foram encontrados?- disse com um sorriso no rosto
- Encontrados? Quem deveria ser encontrado? - o sorriso de Pedro desapareceu imediatamente.
- Então vocês ainda não sabem? Eu imaginei que ... - largou a xícara na mesa de centro e foi até a lareira - Luci fez parecer que já sabiam de tudo. Mas parece que ela se enganou.
- Você conhece Luci? Como? - Joe olhava para Kevin sem entender, continuou a falar - Luci se foi a quase 50 anos, e você parece ter só 20.
- Pensei que fossem mais espertos também ...
- Nos perdoe. O Joe aqui ta sofrendo um pouquinho com o fuso horario. Acho que você poderia começar explicando tudo que deveríamos saber. O que acha?
- Claro. A luz sempre guia não é?!
- Claro...- sua voz era vaga, ambos sabiam que a conversa seria longa.
***
- Vocês devem saber da historia inicial dos Revivals não?
- Se for a dos elementos da natureza e tudo mais sim. Eu sou do ar, ele é do fogo, Luci era da água. Como acontece com todos.
- Touché! Não com todos. Existe uma historia diferente. Segundo às historias, iriam existir sete casos em que o convencional não aconteceria.
"O normal, é que a pessoa morra, e quando estiver prestes a fazer sua passagem voltem. Normalmente o elemento relacionado é o elemento que te ajudou a morrer. Mas, as coisas mudaram para sete renascidos. A morte continua presente em todas as situações, o que muda é como recebem a segunda chance."
- O que acontece de tão diferente?
- Acontece que, renascidos normais são pegos de surpresa. Estão fazendo seu caminho pra a morte e são interrompidos. Agora, essas sete exessões, elas não vão até a morte. Elas param no meio do caminho e esperam que algo aconteça.
"Os renascidos normais têm de um a três dons, é raríssima as vezes que têm quatro. Eles se alimentam de almas humanas depois de certo tempo. Alguns, como fogo e ar ganham a imortalidade. Outros como a terra e agua, apenas duram mais do que humanos. Porem, esses escolhidos, os sete, têm a imortalidade garantida, e dons de força inimaginável. Vão descobrindo aos poucos o que podem fazer, até perceberem que são diferentes demais. E isso é o que trás vocês aqui."
- O que exatamente nós temos a ver com toda essa historia?
- Bom, esses sete são chamados de "as sete chaves", cada um descende de um fenómeno ou elemento. Não como os elementos de vocês, coisas diferentes. Até hoje eram em conhecidos apenas seis. Mais exatamente, Vida, Corpo, Som, Sombra, Luz e Mente. Porem, a sétima chave foi descoberta. Acho que sabem de quem estou falando. Poderes demais, passado e vida misteriosa, tudo sempre parece apontar e atrair à ela. Pelo que me lembro, acho que se chama Sofia.
- Na verdade Sofie.
-Passei perto.- falou com satisfação.
-Mas o que Luci tem a ver? Porque a Sue?
- Perguntas demais meu caro. Mas acho que você tem direito a respostas, porque afinal, vocês vieram até aqui atrás de respostas, e é isso que lhes darei.
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